18.3.08

As velas ardem até ao fim

"Não só as coisas acontecem com as pessoas, (...) cada um gera também aquilo que acontece consigo. (…) O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmo abrimos, convidando-o a passar. Não há nenhum ser humano que seja bastante forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que advém, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter. (…) O desejo de se ser diferente daquilo que se é, é a maior tragédia com que o destino pode castigar o homem".
Sándor Márai, in 'As Velas Ardem Até ao Fim'
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